quinta-feira, 5 de março de 2009

Ecos


Abaixo de mim
o céu desmascarado.
O meu olhar magoado
parece hipnotizado.

Anseio por dúvidas,
tenho desejos de eternidade.
Pela estrada finita por onde caminho
Somente quimeras, desvalores e tardia puberdade.

Parece que há tempo demais para colher ilusões,
tempo demais pelo que ainda não se plantou,
amores demais que não prosperaram,
cantos fúnebres que ninguém cantou.

E a canção persiste...
Na mente, no ar ou no coração?
Ninguém sabe, ninguém vê, ninguém ouve.
Talvez sejam apenas ecos do silêncio e da desilusão.

(Paulo Avila)

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