terça-feira, 3 de março de 2009

Jazigo


Descansei à sombra de um sonho,
desperto,
com um sorriso triste.

Tudo se foi,
tudo deixou marcas:
todo desgosto
e as promessas tristes
impossíveis de cumprir.

Um fato
destruído,
mutilado,
abandonado,
aprisionado.

Um aceno
que se vai pelo tempo
reprimido,
acotovela-se
por entre uma platéia
sedenta de sangue.

Afinal, morri
mas ainda me sinto quase vivo.

(aqui jaz o sonho irrealizável)

(Paulo Avila)

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