mar
amar
amarei
amar-te-ei
mais que amanhã
mais que para sempre
mais que a mim mesmo
amar-te-ei
Escrever... Gritar em silêncio. Pensar em sentidos. Transfigurar desejos. Amar. Estar só. Possibilidade da linguagem. Polissemia. Calar o tempo, revitalizar o sonho. Acordar e manter os olhos fechados. Esperar. Esperançar. Expandir. Crescer. Ser único, múltiplo indivizível. Pragmatizar. Intuir. Despetalar sentimentos. Sentir os sentidos. Calar e consentir. Insurgir-se. Devanear. Coração e mente. Mundos e desmundos. Escrever, apenas...
Perder o chão? Não mesmo.
Existem as pessoas em quem podemos confiar e as que – com o seu devido tempo – mostrarão quem realmente são.
Mas saber em quem podemos confiar não é algo que se descubra num simples olhar: “Quem vê cara não vê coração”, já dizia a sabedoria popular.
Por isso é um erro abrirmos nosso coração a qualquer um logo de início, fazendo a pessoa entrar sem mesmo pedir licença, revirando tudo o que tem lá dentro e causando tanto estrago.
Temos que aprender a deixar as pessoas entrarem em nossas vidas aos poucos. Um pouco de precaução nunca faz mal a ninguém, e evitará transtornos e decepções no futuro.
Só aprendemos assim, com os tropeços e os percalços no caminho.
Mas os verdadeiros amigos... Ah! esses ficarão para sempre em nossas vidas, mesmo que a distância venha a ser um obstáculo.
Amigos estão sempre em nossos corações. Eles entendem quem somos, há cumplicidade em cada palavra, em cada olhar, em cada abraço.
Os outros passam por nós como uma tempestade, deixam estragos, mas passam.
Amigos verdadeiros são como uma suave brisa pela manhã, uma doce melodia, um belo poema. Estão sempre prontos a nos ajudar em todos os momentos, curando as nossas feridas, enxugando as nossas lágrimas e nos fazendo sorrir novamente.
Amigos são presentes que Deus no deixou para dar sentido à nossa existência. Digo mais: amigos são as flores mais perfumadas que nascem em nosso jardim.
Ao vento...
(Paulo Avila, 19/09/2008)
Já corri demais e ganhei muito pouco. Hoje quero continuar meu caminho, colhendo utopias como quem colhe rosas. Mas sem pressa.
O que existe é o que está acontecendo, é o presente-produto das lutas e das decepções de cada dia.
A chuva passou, os mortos calaram-se, os vivos erguem-se, o azul cresce em meio ao cinza...
A vida sobrevive, renasce em meio aos escombros, na geleira dos corações sem compaixão.
Somos a resistência dos ideais, dos diferentes que erguem a bandeira na luta por direitos iguais.
Fora do caminho, hipócritas! Estamos passando.
E queremos vida.