quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Deformações sociais


Desconstruíram o ser humano.

Não vejo sua essência, apenas acaso e sarjeta.

A alma humana tem se sujado de lama constantemente. (Parece deformada.)

Alguém poderia me consertar? Minha alma partiu-se em duas, em três, em não sei quantas mais...

Só há o degredo e o segredo, o silêncio e a desonra, a culpa e a impunidade, a espera e a distância, a anistia e os mortos em nossa mente – estupro da consciência.

– Inocente, sou inocente!!! – grite vinte mil vezes, seu indecente, e fique aliviado.

Grite, seu filho da puta!

E continue corrompido, desde o berço até sua morte inglória.

Contribua assim para o mundo em que vivemos, sendo a lama da humanidade, a podridão da mente em toda a sua impunidade.

O que eu faço aqui? O que eu faço aqui? O que eu faço aqui?

(Eu devo ser mais um grande filho da puta corrompido pelo lugar-comum, pelas aparências malditas, pelo mal-estar que impregna toda a sociedade.)


O cristal humano se partiu.

Somos apenas cacos pelo chão.

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