quinta-feira, 5 de março de 2009

Réu e Vítima


Quem sou e o que penso que sou?
Quem fui e o que virei a ser?
Que fiz eu que me valessem respeito e amizade?

Fui tolo em todos os momentos,
fui leviano e incapaz de suportar minhas culpas
e as culpas de que me responsabilizaram.

A mente tornou-se meu algoz,
lacaio do coração impulsivo e dominador.
Confesso: sou vítima dos meus próprios sentimentos.

Entre labirintos me vejo
buscando uma saída, uma guarita,
um conforto para o corpo cansado.

Os violentos dominam o mundo.
Por que estou então na lama dos indigentes se acusado fui
de tamanha violência e indignidade contra nem sei quem?

Procuro tão-somente o consolo para o abandono,
esse castelo de areia que o tempo espalha
é dá o nome de acaso.

(Paulo Avila)

Um comentário:

___Psiquê___ disse...

Esse título me chamou atenção:Réu e Vítima...é engraçado como podemos ser os dois ao mesmo tempo...a vida é feita de escolhas, muitas vezes essas escolhas nos colocam na posição de réu e vítima /mocinho e vilão /algoz e anjo de nós mesmos...