terça-feira, 12 de julho de 2011

CLAREAR
Amanhece,
sinto o despertar da aurora
diante dos meus olhos.

Comovido,
sinto uma ternura
inexplicável!...

Vivo,
colho flores,
cantos,
poemas,
e ofereço a ti,
na cama do nosso amor.

Enternecido,
beijo-te os lábios,
ternura em pétalas.

És o sol, a aurora,
o sopro de vida,
o anjo?...

Mulher ou menina,
santa ou pecadora,
juíza ou executora?

És tudo
o que quiseres ser,
pois tens meu coração.

És a vida
a germinar em uma primavera
que ainda virá.

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ROMPER-SE
Quedar-se por medo ou por cautela...
O silêncio incomoda.
Passos são dados,
alguns indecisos.

Caminhamos
por entre anônimos,
buscamos um sorriso,
mas os olhares são frios.

Braços não abraçam
antes se fecham
num mundo inútil.
Círculo vicioso.

Vago na vaga lembrança
de um meio anestésico
para esquecer a dor.

O que nos tornamos
e o que viremos a ser
um dia?

Por ora basta o eu sozinho reprimir-se
na calamidade das almas em escombros,
na iminência da rebelião das ideias
que gritam por libertação.

Mas o silêncio persiste...

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