terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sobre a inspiração e a eternidade dos versos


EM BUSCA DA INSPIRAÇÃO
Rabiscos soltos no papel,
palavras a serem ditas
ainda sem vida.

Folhas amassadas,
dispensadas e jogadas
na lixeira.

A inspiração teima em fugir
enquanto a caneta aguarda
ansiosa
a magia de um verso
que ganha vida no papel.

As mãos vacilam, tremem...
Eis o drama do poeta
que deseja criar
mas não consegue.

Fica o silêncio
ecoando alma e coração,
poesia que grita em desespero
nos pântanos da criação.

E quando menos se espera
faz-se luz em meio a trevas
na loucura da consciência.

Os versos surgem finalmente,
pululam no papel livremente
como por obra de um milagre.

Trazem magia e encanto,
como água pura da fonte
embriagando de paixão
o seu desejo puro e voraz.

O poeta busca a eternidade...

(Paulo Avila, 2006)

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