segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Primavera em abismos


Há dias em que me sinto mais triste do que o habitual.

A primavera chegou sem sonhos, sem flores, sem ao menos a esperança do broto. Trouxe somente a chuva e o frio para coroar a monotonia nostálgica sem passado que me assola.

Sério. Não sei nada de mim que já seja passado. Talvez só saiba o que desejo.

E o que desejo?

Não sei. já senti. Serve isso?

Sinto-me nu em meio ao caos instaurado em meu espírito. Neblina, precipício e abismo por toda parte.

Segunda-feira.

O relógio passa. Minha agonia permanece.

Sufocado. A mente turva sem usar as drogas (que nunca experimentei) e os escapes do cotidiano.

Um pouco de música, por favor, mas em pequenas doses. Estou com dor de cabeça. Litros e mais litros de ânimo. Deixem-me no canto embriagado. Uma grande porção de esperança para o dia de hoje, mas coloque um pouco mais para viagem.

Não sei para onde eu vou. Sigo obstinado com ânsias de adolescente. Com o desejo enrugado, é verdade, mas ainda sentindo.

Sentindo o quê? Pensando em quê? Aspirando a quê?

Não sei e não importa.

Logo renasço mais uma vez.

(O sol surge tímido por entre as nuvens.)

Um comentário:

___Psiquê___ disse...

Veja o lado bom das coisas: É a última primavera que passará solteiro; é a última primavera que passará como estudante de Letras...a primavera fechará vários ciclos, e se Deus quiser, levará com ela várias dores. Prepare-se para o verão!!! Vida nova meu amigo!!! Beijos