Não sei o que escrever, mas escrevo.
As palavras me escravizam e me libertam. É uma relação paradoxal entre criador e criatura.
Realizo-me na introspecção, na solidão na alma.
A melancolia é conforto e me faz sentir mais – dores e misérias alheias são minhas também. Acostumei-me a sofrer pelo mundo.
As lágrimas insistem em querer cair. Faço força pra impedi-las, faço-me de forte, mais forte do que na verdade eu sou. Mas me sinto bem assim.
Continuo diante do computador, não encontro meu reflexo na tela: encontro apenas um mundo vasto de ilusão e solidão virtuais (reflexos dos esconderijos que nossas almas se acostumaram a construir).
Onde está o mundo real? Onde posso respirar, sentir calor humano, fazer parte do mundo?
Em alguma parte de mim estou escondido, adormecido, prestes a explodir e expandir meus conceitos, minhas anarquias, minhas fraquezas e minha subjetividade.
De todos os pesares, o que mais me fascina é a possibilidade que tenho de ser eu mesmo.
Um comentário:
Sua compulsão me faz tão bem!!! Vc se liberta escrevendo...e eu me liberto lendo!!!
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