segunda-feira, 27 de junho de 2011

MADRUGADA
Perambulo
em preâmbulos,
confuso,
errante.

Extremo paradoxo,
paráfrase de mim,
paródia do mundo,
inseguro,
desigual,
reticente.

Caricato e irônico
entre mentiras e meias-verdades
inventadas.

Perto do fim,
o início de mim
enfim.
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BEM-QUERER
Quero flores na janela
e eternas quimeras
no meu jardim.

Quero dias de sol
no inverno que me consome
como inferno
ou ressaca.

Quero a doce querência
das ilusões infindas
mais que bem-vindas.

Quero o repousar,
cegar-me
para enxergar assim
o mundo
renovado.

Quero sonhar então
de olhos abertos
na possibilidade do voo
pós-libertação.

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