quarta-feira, 15 de junho de 2011

Medo

MEDO
Tenho muito medo
e esse medo me entorpece os sentidos,
me deixa estagnado
sem saber o que fazer.

Ah! Quanta vida deve existir além do arco-íris!
(mas ainda nem choveu...)
Quanta alegria eu encontraria no pôr-do-sol!
(mas no inverno tudo é cinza e frio...)

Tenho muito medo,
medo de mim e dos meus medos,
medo da possibilidade de sentir medo.

Hoje quero apenas o tédio e a melancolia,
quero a ilusão e a sombra de coqueiros falsos,
quero o torpor,
o sono,
o sumir-se,
quero
ser
sem
mim
no fim.

Nenhum comentário: