quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Desabafo e palavras ao vento de alguém/ninguém que grita no silêncio buscando humanidade

Não sei de nada.

A humanidade parece caminhar na contramão.

Atropelando a vida, emboscando sonhos, matando esperanças, a turba desgovernada segue o seu (des)caminho.

Não sinta. Não deseje. Não queira demais. Esta parece ser a lei.

Por toda parte, seres humanos (desumanos) feitos de mármore, insensíveis a toda sua dor, ao seu desespero.

Não grite, não vai adiantar. Eu também já tentei chamar a atenção. Em vão.

Utopias, ilusões, nada mais que isso...

Quantas crianças ainda terão que morrer até que aprendamos algo sobre o futuro e sobre a esperança?

Quantos jovens continuarão alienados até que um dia haja respeito e liberdade, oportunidade e dignidade, consciência e direitos iguais?

Talvez eu seja tão somente um alucinado, um pseudo-idealista catando meus cacos, meus restos na calçada fria e imunda, diante da multidão (manilha, autômatos, ignorantes) que passa diante de mim e não percebe a minha existência.

Quero viver, quero crescer, quero ser eu mesmo, quero oportunidades para me desenvolver como ser humano, não como bicho.

Talvez um dia, quem sabe. Mas hoje não. Hoje só existe a noite fria e a certeza de que estou desprotegido numa terra de grandes construções de cimento, mas poucos corações, procurando encontrar pessoas que se dêem as mãos... Pessoas que eu possa chamar de irmãs.


Ass.: Um alguém desconhecido qualquer, um ninguém sem passado, sem presente, sem futuro, mas que ainda sonha, apesar de viver o pesadelo real da vida.

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